Silvana Peres nasce em Lisboa, mas é em Cascais que reside desde sempre. É lá que, aos catorze anos de idade, o fado surge pela primeira vez na sua vida.
A par da equitação, o fado cedo se constitui como uma paixão natural, quase hereditária na sua família e, dessa forma, foi com naturalidade que aceitou o desafio do seu grupo de amigos, em 2001, num convívio em Cascais, e cantou o fado pela primeira vez. Silvana, não só arriscou, como sete anos mais tarde decide trilhar o caminho da música com um profissionalismo reconhecido em algumas das mais importantes casas de fado de Lisboa, como a Casa de Linhares, a Parreirinha de Alfama, entre outras.
Para trás ficam dez anos dedicados à dança e à alta competição equestre, áreas que ainda hoje a apaixonam e das quais jamais se dissocia.
A fadista não se cinge, porém, ao fado. As suas influências musicais chegam-lhe de diferentes latitudes e géneros, facto que muito contribui para casar a música e a dança e, juntos, encontrarem o caminho certo para a definir enquanto artista: uma mulher intensa e versátil de vários matizes que renascem em cada performance e em cada palco, comandados pela sua voz quente e harmoniosa.
Em 2017, Silvana Peres apresenta o primeiro álbum "Fado no Pé", considerado pela revista Blitz Magazine como um dos dez melhores álbuns de World Music, editado em Portugal. Nos três anos seguintes, Silvana leva o "Fado no Pé" e todas as suas pinceladas de lusofonia a múltiplos palcos nacionais e estrangeiros.
É em 2022 que Silvana Peres dá asas a um arrojo criativo cada vez mais presente e vincado na sua música. Apresenta “Água Nova”, um novo álbum em que a artista arrisca ainda mais, ao assumir a autoria de alguns temas originais. A ela se juntam compositores e autores reconhecidos, como Dino d’Santiago, Paulo Abreu Lima, Raquel Tavares, Sebastião Antunes, Jonas Lopes, Beatriz Pessoa, João Caetano, e Carlos Leitão, entre outros. O foco do novo disco incide sobre música sempre cantada na língua portuguesa e extravasa quaisquer barreiras e preconceitos, ao reunir num alinhamento muito elegante e multicultural géneros como o fado, cante, canção ligeira, marchas populares, samba, morna, chorinho e funaná.
É com “Água Nova” que Silvana Peres revela ao público o seu lado mais pessoal e sensível, onde mora, descomplexadamente e acima de quaisquer rótulos, a música. Nela cabe cada cor que se lhe quiser pintar, com ritmo, sentimento, dança, e tudo o que for importante para a “viagem”.
Desde 2022 que Silvana integra o elenco residente do conceituadíssimo "Clube de Fado", em Alfama (Lisboa