
Big Title
(Vinicius de Moraes | Homem Cristo)
O sal das minhas lágrimas de amor Criou o mar que existe entre nós dois Para nos unir e separar Pudesse eu te dizer A dor que dói dentro de mim Que mói meu coração nesta paixão Que não tem fim Ausência tão cruel Saudade tão fatal Saudades do Brasil em Portugal
Meu bem, sempre que ouvires um lamento Crescer desolador na voz do vento Sou eu em solidão pensando em ti Chorando todo o tempo que perdi
(Goran Bregovic | Teófilo Chantre)
Ausencia, ausencia
Si asa um tivesse
Pa voa na esse distancia
Si um gazela um fosse
Pa corrê sem nem um cansera
Anton ja na bo seio
Um tava ba manchê
E nunca mas ausencia
Ta ser nôs lema
Ma sô na pensamento
Um ta viajà sem medo
Nha liberdade um tê'l
E sô na nha sonho
Na nha sonho miéforte
Um tem bô proteçäo
Um tem sô bô carinho
E bô sorriso
Ai solidäo tô'me
Sima sol sozim na céu
Sô ta brilhà ma ta cegà
Na sê claräo
Sem sabe pa onde lumia
Pa ondê bai
Ai solidäo é um sina
Ai solidäo tô'me
Sima sol sozim na céu
Sô ta brilhà ma ta cegà
Na sê claräo
Sem sabe pa onde lumia
Pa ondê bai
Ai solidäo é um sina
Ma sô na pensamento
Um ta viajà sem medo
Nha liberdade um tê'l
E sô na nha sonho
Na nha sonho miéforte
Um tem bô proteçäo
Um tem sô bô carinho
E bô sorriso
Ai solidäo tô'me
Sima sol sozim na céu
Sô ta brilhà ma ta cegà
Na sê claräo
Sem sabe pa onde lumia
Pa ondê bai
Ai solidäo é um sina
Ai solidäo tô'me
Sima sol sozim na céu
Sô ta brilhà ma ta cegà
Na sê claräo
Sem sabe pa onde lumia
Pa ondê bai
Ai solidäo é um sina
Ausencia, ausencia
( Franklim Godinho | António de Almeida Santos)
Se tardas amor, não venhas Se é triste ter de esperar Pior é saber que espero Por quem me volta a tardar
Se tardas amor, não venhas Penso sempre, quando chegas Que o amor que tu me dás Não compensa o que me negas
Se tardas amor, não venhas Quando me dizes adeus Levas contigo os meus olhos Mas não me deixas os teus
Se tardas amor, não venhas Vindo tarde e sem calor Que o amor que tu me dás É uma esmola de amor
Minto amor, é só receio De te não ver nunca mais Podes crer que até morrer Não virás tarde demais
(Caco Velho | Piratini)
Pele encarquilhada carapinha branca Gandôla de renda caindo na anca Embalando o berço do filho do sinhô Que há pouco tempo a sinhá ganhou
Era assim que mãe preta fazia criava todo o branco com muita alegria Porém lá na sanzala o seu pretinho apanhava Mãe preta mais uma lágrima enxugava
Mãe preta, mãe preta
Enquanto a chibata batia no seu amor Mãe preta embalava o filho branco do sinhô
(Dominguinhos | Nando Cordel)
Estou de volta pro meu aconchego
Trazendo na mala bastante saudade
Querendo
Um sorriso sincero, um abraço,
Para aliviar meu cansaço
E toda essa minha vontade
Que bom,
Poder tá contigo de novo,
Roçando teu corpo e beijando você,
Pra mim tu és a estrela mais linda
Seus olhos me prendem, fascinam,
A paz que eu gosto de ter.
É duro, ficar sem você
Vez em quando
Parece que falta um pedaço de mim
Me alegro na hora de regressar
Parece que eu vou mergulhar
Na felicidade sem fim
Estou de volta pro meu aconchego
Trazendo na mala bastante saudade
Querendo
Um sorriso sincero, um abraço,
Para aliviar meu cansaço
E toda essa minha vontade
Que bom,
Poder tá contigo de novo,
Roçando o teu corpo e beijando você,
"Prá" mim tu és a estrela mais linda
Seus olhos me prendem, fascinam,
A paz que eu gosto de ter.
É duro, ficar sem você
Vez em quando
Parece que falta um pedaço de mim
Me alegro na hora de regressar
Parece que eu vou mergulhar
Na felicidade sem fim
Quero pedir mais um dia Quero ver o Sol raiar Beijando a maré cheia E os salgueiros do lugar Quero andar por um caminho De valeta perfumada De hortênsias e alecrim E de rosa desfolhada De hortênsias e alecrim E de rosa desfolhada
Quero viver e sonhar Quero viver mais um dia Mandei a tristeza embora E dei lugar à alegria
Quero pedir mais um dia Quero ver o Sol raiar Beijando a maré cheia E os salgueiros do lugar Quero andar por um caminho De valeta perfumada De hortênsias e alecrim E de rosa desfolhada De hortênsias e alecrim E de rosa desfolhada
Quero viver e sonhar Quero viver mais um dia Mandei a tristeza embora E dei lugar à alegria
( Letra: António Campos/ Música: Joaquim Pimentel)
Tenho ciúmes,
Das verdes ondas do mar Que teimam em querer beijar teu corpo erguido às marés.
Tenho ciúmes Do vento que me atraiçoa Que vem beijar-te na proa E foge pelo convés.
Tenho ciúmes Do luar da lua cheia Que no teu corpo se enleia Para contigo ir bailar
Tenho ciúmes Das ondas que se levantam E das sereias que cantam Que cantam p'ra te encantar.
Ó meu "amor marinheiro" Amor dos meus anelos Não deixes que à noite a lua Mude a côr aos teus cabelos
Não olhes para as estrelas Porque elas podem roubar O verde que há nos teus olhos Teus olhos, da côr do mar.
(Max| Anibal Nazaré)
Era já tarde, quando o fado conheci E sem alarde, quis falar-me da Saudade
Mas na verdade, para me lembrar de ti
Do grande amor que perdi
Era tarde, muito tarde
Pedi ao Fado
Que me desse outro caminho
Ficasse ele com a saudade
Que eu queria ficar sozinho
Ele respondeu
Que o pedido era escusado
Porque o fado e a saudade
Andavam de braço dado
Era já tarde, quando o fado abandonei E fui cobarde, tive medo da saudade Com ansiedade, eu ainda a procurei Quando a Saudade encontrei Era tarde, muito tarde. Pedi ao Fado Que me desse outro caminho Ficasse ele com a saudade Que eu queria ficar sozinho Ele respondeu Que o pedido era escusado Porque o fado e a saudade Andavam de braço dado
(José Carlos Malato | Armando Machado)
Tenho medo de dormir
Porque sei que vou sentir
Horas, minutos, (a) passar.
Com medo de te perder
Mergulho neste sofrer
Peço a Deus p'ra naufragar.
No meu cais de solidão
Horas, minutos em vão
Não me volto a despedir.
Sei que nunca vais dizer
Apesar déu já saber
Qu'é de mim que queres fugir.
Este mundo era dos dois
Pensava eu mas depois
Tu partias, eu ficava.
E na dor desse momento
Cada noite era um tormento
De nós dois, só eu amava.
Passaram já muitos anos Mas sempre que nos cruzamos Apetece-me voltar! Embarcar na tua rota Sonhar que tu és gaivota E que eu sou tod'o o mar!
Lisboa e o Tejo (Letra: Mário Rainho| Música: Fontes Rocha)
Lisboa, também tem um namorado
E também tem ciúmes como nós…
Lisboa quando sofre canta o fado
Com um soluço triste em sua voz
Lisboa é namorada delicada…
Vaidosa e orgulhosa de assim ser.
Lisboa fica ás vezes, amuada
Se o seu amor, amor, não lhe oferecer
Chama-lhe marinheiro
Fala dele na rua
E sente ciúmes dos olhos da lua
Chama-lhe marinheiro,
Sem rumo nem rota,
Sempre atrás das asas de alguma gaivota…
Ele, numa onda, atira-lhe um beijo
E assim namoram Lisboa e o Tejo.
Marcha de Alfama (Letra: Amadeu do Vale / Música: Raul Ferrão)
Alfama não envelhece E hoje parece Mais nova ainda Iluminou as janelas Reparem nelas Como está linda.
Vestiu a blusa clarinha Que a da vizinha É mais modesta E pôs a saia garrida Que só é vestida Em dias de festa
Becos escadinha ruas estreitinhas Onde em cada esquina há uma bailarico Trovas p'las vielas e em todas elas Perfume de manjerico Risos gargalhadas, fados desgarradas, Hoje em Alfama é um demónio E em cada canto um suave encanto De um trono de Santo António.
Marcha da Mouraria 1935 (Letra: Frederico de Brito / Música: Raúl Ferrão)
A Marcha da Mouraria
Tem o seu quê de bairrista
Certos Laivos de alegria
È a mais boémia
È a mais fadista
(Bis)
Bairro Alto (Letra: Carlos Neves / Música: Francisco Carvalhinho)
Bairro Alto aos seus amores tão dedicado Quis um dia dar nas vistas E saíu com os trovadores mais o fado Pr'a fazer suas conquistas
Tangem as liras singelas, Lisboa abriu as janelas, Acordou em sobressalto Gritaram bairros à toa Silêncio velha Lisboa, Vai cantar o Bairro Alto
Trovas antigas, saudade louca
Andam cantigas a bailar de boca em boca
Tristes bizarras, em comunhão
Andam guitarras a gemer de mão em mão
